“Bem
sabeis como, desde o primeiro dia em que pisei no distrito da Ásia, eu estive
[com os irmãos] todo o tempo, trabalhando como escravo para o Senhor, com a
maior humildade mental, e com lágrimas e provações, que me sobrevieram pelas conspirações dos judeus [governantes]; ao passo
que não me refreei de vos falar
coisa alguma que fosse proveitosa, nem de vos ensinar publicamente e de casa em
casa.” — Atos 20:18-20, TNM.
O
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APÓSTOLO PAULO soube realmente aproveitar as
oportunidades e os meios para ‘pregar essas boas novas do reino’, conforme
ordem dada pelo seu Senhor Jesus. (Leia Mateus 28:19, 20) O contexto das palavras de Paulo escritas acima indicam que o método utilizado por ele para “ensinar” (primeiro “publicamente”
e depois de “casa em casa”) era aplicado no primeiro caso à pregação pública, e, depois, indo de casa em casa, aos
já feitos discípulos, e não como é difundido e aplicado hoje pelos do Corpo
dos Governantes das Testemunhas de Jeová, isto é: ir às casas de todas as
pessoas não-cristãs no mundo. O versículo 17 diz que Paulo, quando se
encontrava em Mileto, ‘enviou mensageiros a Éfeso para que estes reunissem os
anciãos da congregação cristã dali e os trouxessem para falar com Paulo’. Foi a
estes anciãos que Paulo disse as palavras do texto já transcrito. Como exatamente funcionava o método utilizado por Paulo e de que modo podemos hoje imitá-lo?
O método aplicado por Paulo consistia em
duas etapas: 1) ele ‘falava e ensinava publicamente’ e 2) ‘falava e ensinava de
casa em casa’ Vejamos como as Escrituras corroboram para a explicar como
isso se dava no caso de Paulo para que todos nós hoje possamos aderir o método ao
nosso ministério, e, com isso, retornar às verdadeiras origens da proclamação
dessas boas novas do reino dos Deuses, ‘fazendo discípulos de pessoas de toda a
terra, batizando-as em nome dos Pais, do Filho e do espírito santo’. — Mateus
24:14; 28:19, 20.
FALANDO E ENSINANDO
“PUBLICAMENTE”. Quando Paulo mencionou que ‘falava e ensinava publicamente’ ele
simplesmente aludia à sua obra de ‘fazer discípulos’ — conforme ordem dada pelo
Messias — indo nas feiras livres, nas praças públicas ou onde houvesse grandes
aglomerados de pessoas. Jesus ‘falava e ensinava publicamente’ todas as vezes
que ‘entrava numa sinagoga’. Não raro os sábados eram reservados para esses
fins e Jesus se aproveitava bem dessas oportunidades. (Marcos 1:21; 6:1, 2;
Lucas 4:16) O nome “Sinagoga” significa “ajuntamento”.* Havia muitas em
Jerusalém e até fora, em outras cidades e nações — onde houvesse judeus, ali
havia sinagogas. Uma particularidade das antigas sinagogas era um repositório
para rolos das Escrituras. Evidentemente, o costume mais antigo era guardar os
rolos quer fora do edifício principal, quer numa sala separada, por motivos de
segurança. Por fim, passaram a ser guardados numa arca ou caixa portátil,
colocada em posição durante a adoração. Quem podia ‘falar e ensinar
publicamente’ nas sinagogas? Qualquer pessoa que tivesse algo para falar e
ensinar e que fosse “proveitoso”. Para organizar esses detalhes, havia o
“presidente da sinagoga”. (Marcos 5:35; Atos 18:8) Portanto, quando alguém se prontificava a ‘falar e
ensinar’ ali, as multidões — mesmo as que iam passando nos seus afazeres
particulares — paravam para escutar o orador ‘falar e ensinar publicamente’.
Longe de serem apenas monólogos, os
discursos apresentados, por serem 'públicos', podiam ser interrompidos a
qualquer momento e por qualquer pessoa. Qualquer um que, escutando, tivesse
algo a acrescentar ou a questionar, o fazia livremente. Cabia ao orador adaptar
suas palavras para atender ao interlocutor, sanando talvez suas dúvidas e
questionamentos. Um dos efeitos mais atenuantes da pregação feita em público
era que, uma vez que o orador tivesse atingido o ponto, isto é, plantado a sua 'fala e ensino' no coração dos ouvintes, muitos destes, como resultado, o seguiam querendo saber mais. Não raro muitos ‘tornavam-se
crentes’, discípulos de Cristo, depois de ter ouvido o 'falar e ensinar publicamente’ nas
sinagogas. (Leia Atos dos Apóstolos 13:14-48; 17:1-4) Qual seria o método que
Paulo aplicava a seguir, como segundo método de fazer discípulos, 'edificando' e 'admoestando' aos agora crentes? — Atos 20:32; 2 Coríntios 10:8; 13:10.
FALANDO E ENSINANDO “DE
CASA EM CASA”. Depois de ‘falar e ensinar publicamente’ e ter obtido os bons
resultados de fazer que pessoas ‘se tornasse crentes’, o que aquele que ‘prega
e ensina’ assim devia fazer agora? Talvez levar os novos convertidos para que
‘fossem batizados em o nome dos Pais, do Filho e do espírito santo’ num "corpo de água". (Mateus 28:19; Atos 8:36) Podemos
concluir quer o trabalho daquele que ‘falava e ensinava publicamente’ terminava
ai? Não mesmo! Aqueles novos discípulos agora precisariam de muita ajuda a
nível mais personalizado para se fortalecerem na verdade! (Note Hebreus 5:13, 14; 1 Coríntios 3:1-9) Era ai que entrava o
‘falar e ensinar de casa em casa’. Sim, foi a este método que Paulo lembrou aos
anciãos de Éfeso, quando disse que primeiro ‘falou e ensinou’ a eles desde uma
sinagoga (ou “publicamente”) quando ainda não eram crentes e, depois de tê-los feito discípulos e batizado a
todos eles, passou a ‘falar e a ensinar’ a nível individual, visitando-os
um a um em suas próprias casas.# De que modo hoje podemos imitar
tanto a Paulo quanto ao maior exemplo de todos (o próprio Cristo Jesus) em
‘fazer discípulos publicamente e de casa em casa’?
FALANDO E ENSINANDO HOJE “PUBLICAMENTE E DE CASA EM CASA”. Hoje não há mais sinagogas e tampouco conseguiremos ter bom êxito em falar às pessoas nas feiras livres ou em praças públicas. Onde se pode encontrar os grandes ajuntamentos de pessoas para que possamos cumprir com nosso trabalho de ‘falar e ensinar publicamente’? Seria a internete, com suas redes sociais borbulhantes de pessoas, o equivalente moderno das sinagogas de outrora? Caso a resposta seja sim, como se pode dá continuidade aos que nos escutam ali, ‘falando e ensinando de casa em casa’? O que fará você depois de obter as respostas a estas e a outras perguntas relacionadas? Imitará os grandes oradores públicos e também ‘falará e ensinará publicamente’? Dará atenção individualizada aos que porventura for atrás de você, declarando-se ‘crente’ naquilo que você ‘falou e ensinou’ a respeito das “boas novas do Reino dos Deuses”? As Testemunhas dos Deuses Santos disponibilizam com imenso prazer o próximo número de Cempertai! no intuito de ajudar a todos os que são evangelizadores das boas novas e que querem alcançar o máximo número de pessoas para que ouçam as “boas novas do Reino”. Clique na revista e leia-a inteira. Caso queira baixá-la em seu próprio computador, é só clicar aqui.
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* Curiosamente, em Estudo Perspicaz das
Escrituras (Vol. 3 pág. 596 a 598) os do Corpo dos Governantes preferiram não
destacar o que estivera verazmente envolvido nas palavras ditas por Paulo aos
anciãos de Éfeso, que era a estes já feitos discípulos que Paulo dirigiu as
palavras de Atos 20:18-20.
# Informações adicionais encontram-se nas páginas 23 a 27 de A Continela dejulho a setembro de 2013.