< Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas
23 Olhando atentamente para os da Comissão Judicativa, Paulo disse: “Homens, irmãos, eu me comportei perante os Deuses com uma consciência perfeitamente limpa até hoje.” 2 Em vista disso, o presidente do corpo governante Ananias mandou que os que estavam perto dele lhe batessem na boca. 3 Paulo lhe disse então: “Os Deuses baterão em você, parede caiada. Você se senta para me julgar segundo a Lei e ao mesmo tempo viola a Lei, mandando que me batam?” 4 Os que estavam ali disseram: “Você está insultando o ungido presidente do corpo governante de Jeová?” 5 E Paulo respondeu: “Irmãos, eu não sabia que ele era o presidente do corpo governante. Pois está escrito: ‘Não fale injúrias sobre um dos membros governantes religiosos do seu povo.’”
6 Paulo, sabendo que uma parte deles eram saduceus, mas outra
parte eram fariseus, disse bem alto na Comissão: “Homens, irmãos, eu sou
fariseu, filho de fariseus. É por causa da esperança da ressurreição dos
mortos que estou sendo julgado.” 7 Ao dizer isso, surgiu uma discussão entre os fariseus e os
saduceus, e a assembleia ficou dividida. 8 Pois os saduceus dizem que não há ressurreição, nem Deus
Mensageiro, nem espírito, mas os fariseus aceitam todas essas coisas. 9 Assim, começou uma grande gritaria, e alguns dos escribas do
partido dos fariseus se levantaram e se puseram a protestar energicamente: “Não
achamos nada de errado neste homem; e, se um espírito ou um Deus Mensageiro falou
com ele . . .” 10 Então a discussão se intensificou, e o comandante militar, com
medo de que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou que os soldados descessem,
o arrancassem do meio deles e o levassem ao quartel.
11 Mas, naquela noite, o Senhor se teletransportou bem ao lado dele
e disse: “Tenha coragem! Pois, assim como você deu um testemunho cabal
sobre mim em Jerusalém, terá de dar testemunho também em Roma.”
12 Quando o dia
amanheceu, as testemunhas de Jeová formaram uma conspiração e se comprometeram,
sob maldição, a não comer nem beber nada até matarem Paulo. 13 Foram mais de 40 homens que fizeram essa conspiração sob
juramento. 14 Esses homens se dirigiram aos do corpo governante e aos anciãos
das comissões deles, e disseram: “Nós nos comprometemos solenemente, sob
maldição, a não comer nada até matarmos Paulo. 15 Portanto, vocês, junto com os da Comissão Judicativa, devem
dizer ao comandante militar que o traga para baixo, para comparecer diante de
vocês, como se quisessem examinar mais detalhadamente o caso dele. Mas, antes
que ele se aproxime, estaremos prontos para matá-lo.”
16 No entanto, o filho da irmã de Paulo soube da emboscada que
estavam planejando; ele entrou no quartel e contou tudo a Paulo. 17 Assim, Paulo chamou um dos oficiais do exército e disse: “Leve
este jovem ao comandante militar, pois ele tem algo para lhe comunicar.” 18 Ele o levou então ao comandante militar, e disse: “O prisioneiro
Paulo me chamou e pediu que eu trouxesse este jovem ao senhor, porque ele tem
algo para lhe dizer.” 19 O comandante militar o pegou pela mão, o levou à parte e lhe
perguntou: “O que você tem para me contar?” 20 Ele respondeu: “Os judeus combinaram pedir ao senhor que faça
Paulo descer à Comissão Judicativa deles amanhã, como se quisessem saber mais
detalhes sobre o caso dele. 21 Mas não deixe que eles o convençam, pois mais de 40 deles
planejam ficar de emboscada contra Paulo, e eles se comprometeram, sob
maldição, a não comer nem beber nada até que o tenham
matado. Agora eles estão prontos, esperando que o senhor atenda ao pedido
deles.” 22 Assim, o comandante militar deixou o jovem ir embora, mas antes
lhe ordenou: “Não diga a ninguém que você me contou isso.”
23 Então ele convocou dois oficiais do exército e disse: “Aprontem
200 soldados, 70 cavaleiros e 200 lanceiros para irem até Cesareia às nove
horas da noite. 24 Também, providenciem cavalos para Paulo montar, a fim de levá-lo
em segurança a Félix, o governador.” 25 E ele escreveu uma carta que dizia:
26 “Cláudio Lísias a Sua Excelência, o governador Félix.
Saudações! 27 Este homem foi agarrado pelos judeus e estava prestes a ser
morto por eles, mas eu vim rapidamente com meus soldados e o
resgatei, porque fiquei sabendo que ele era romano. 28 Então, querendo descobrir a razão por que o acusavam, eu o levei
a uma Comissão Judicativa deles. 29 Verifiquei que ele estava sendo acusado por questões da Lei
deles, mas não foi acusado de nem uma única coisa que merecesse morte ou
prisão. 30 No entanto, visto que me foi revelada uma conspiração contra o
homem, eu o estou enviando imediatamente a Vossa Excelência e mandando que
os acusadores falem na sua presença o que têm contra ele.”
31 Assim, segundo as ordens que receberam, os soldados pegaram
Paulo e o levaram de noite até Antipátride. 32 No dia seguinte, deixaram os cavaleiros prosseguir com ele e
voltaram para o quartel. 33 Os cavaleiros entraram em Cesareia, entregaram a carta ao
governador e também lhe apresentaram Paulo. 34 Então o governador leu a carta e perguntou de que província ele
era; foi informado de que era da Cilícia. 35 “Eu ouvirei todo o seu caso”, disse ele, “quando chegarem os
seus acusadores”. E mandou que ele ficasse detido no palácio de Herodes.
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