MATEUS 26

< Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas

26 Então, quando Jesus terminou de falar todas essas coisas, ele disse aos seus discípulos: 2 “Vocês sabem que daqui a dois dias é a Páscoa, e o Filho do Homem será entregue para ser morto na estaca.”

3 Então os principais sacerdotes e os anciãos do povo se reuniram no pátio do sumo sacerdote, que se chamava Caifás, 4 e fizeram planos para, com astúcia, prender Jesus e matá-lo. 5 No entanto, diziam: “Não durante a festividade, para que não haja um alvoroço entre o povo.”

6 Enquanto Jesus estava em Betânia, na casa de Simão, o leproso, 7 aproximou-se dele uma mulher com um frasco de alabastro que continha óleo perfumado muito caro, e ela começou a derramá-lo sobre a cabeça dele, enquanto ele estava comendo. 8 Ao verem isso, os discípulos ficaram indignados e disseram: “Por que esse desperdício? 9 Pois isso poderia ter sido vendido por uma grande soma, e o dinheiro dado aos pobres.” 10 Percebendo isso, Jesus lhes disse: “Por que vocês estão perturbando a mulher? Ela me fez uma coisa muito boa. 11 Porque vocês sempre têm consigo os pobres, mas nem sempre terão a mim. 12 Quando essa mulher derramou esse óleo perfumado sobre o meu corpo, fez isso a fim de me preparar para o sepultamento. 13 Eu lhes digo a verdade: Onde quer que se preguem as boas novas em todo o mundo, o que essa mulher fez também será relatado, em memória dela.”

14 Então um dos Doze, o chamado Judas Iscariotes, se dirigiu aos principais sacerdotes 15 e disse: “O que me darão para entregá-lo a vocês?” Estipularam-lhe 30 moedas de prata. 16 De modo que daquele momento em diante ele procurava uma boa oportunidade para traí-lo.

17 No primeiro dia da Festividade dos Pães sem Fermento, os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram: “Onde o senhor quer que façamos os preparativos para tomar a refeição pascoal?” 18 Ele disse: “Vão à cidade, a um certo homem, e digam-lhe: ‘O Instrutor diz: “Está próximo o meu tempo determinado; celebrarei a Páscoa com os meus discípulos na sua casa.”’” 19 Então os discípulos fizeram conforme as instruções de Jesus e prepararam a refeição pascoal.

20 Quando anoiteceu, ele estava recostado à mesa com os 12 discípulos. 21 Enquanto comiam, ele disse: “Digo-lhes a verdade: Um de vocês me trairá.” 22 Eles ficaram muito tristes com isso, e cada um começou a lhe perguntar: “Senhor, por acaso sou eu?” 23 Em resposta, ele disse: “Aquele que põe a mão na tigela junto comigo é o que me trairá. 24 É verdade, o Filho do Homem vai embora, assim como está escrito a respeito dele, mas ai daquele que trai o Filho do Homem! Seria melhor para esse homem que não tivesse nascido.” 25 Judas, que estava prestes a traí-lo, perguntou: “Por acaso sou eu, Rabi?” Jesus lhe respondeu: “Você mesmo está dizendo isso.”

26 Ao continuarem a comer, Jesus pegou um pão e, depois de proferir uma bênção, partiu-o e deu aos discípulos, dizendo: “Peguem, comam. Isto representa o meu corpo.” 27 E, pegando um cálice, ele deu graças e o deu a eles, dizendo: “Bebam dele, todos vocês, 28 pois isto representa o meu ‘sangue do pacto’, que será derramado em benefício de muitos, para o perdão de pecados. 29 Eu lhes digo, porém: Eu de modo algum beberei novamente deste produto da videira até aquele dia em que beberei vinho novo com vocês, no Reino dos meus Pais.” 30 Por fim, depois de cantarem louvores, saíram para o monte das Oliveiras.

31 Jesus lhes disse então: “Esta noite, todos vocês tropeçarão no que diz respeito a mim, pois está escrito: ‘Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho serão espalhadas.’ 32 Mas, depois que eu for levantado, irei adiante de vocês para a Galileia.” 33 No entanto, Pedro lhe disse em resposta: “Ainda que todos os outros tropecem no que diz respeito ao senhor, eu nunca tropeçarei!” 34 Jesus lhe disse: “Digo-lhe a verdade: Esta noite, antes de o galo cantar, você me negará três vezes.” 35 Pedro lhe disse: “Mesmo que eu tenha de morrer com o senhor, de modo algum o negarei.” Todos os outros discípulos disseram a mesma coisa.

36 Jesus chegou então com eles a um lugar chamado Getsêmani e disse aos discípulos: “Sentem-se aqui enquanto eu vou ali para orar.” 37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a ficar triste e muito aflito. 38 Disse-lhes então: “Estou profundamente triste, a ponto de morrer. Fiquem aqui e mantenham-se vigilantes comigo.” 39 E, indo um pouco mais adiante, ele se prostrou com o rosto por terra e orou: “Meus Pais, se for possível, deixem que este cálice se afaste de mim. Contudo, não como eu quero, mas como vocês querem.”

40 Ele voltou aos discípulos e os encontrou dormindo, e disse a Pedro: “Vocês não conseguiram se manter vigilantes comigo nem mesmo por uma hora? 41 Mantenham-se vigilantes e orem continuamente para que não caiam em tentação. Naturalmente, o espírito está disposto, mas a carne é fraca.” 42 Novamente, pela segunda vez, se afastou e orou: “Meus Pais, se não é possível que isto se afaste de mim sem que eu o beba, seja feita a vontade de vocês.” 43 E voltou novamente e os encontrou dormindo, pois estavam com os olhos pesados. 44 Portanto, deixando-os, se afastou novamente e orou pela terceira vez, dizendo mais uma vez a mesma coisa. 45 Voltou então aos discípulos e lhes disse: “Numa ocasião como esta, vocês estão dormindo e descansando! Vejam! Está se aproximando a hora de o Filho do Homem ser entregue às mãos de pecadores. 46 Levantem-se, vamos embora. Vejam! Aquele que me trai está chegando.” 47 Naquele momento, enquanto ele ainda falava, aproximou-se Judas, um dos Doze, e com ele uma grande multidão com espadas e bastões. Eles tinham sido enviados pelos principais sacerdotes e pelos anciãos do povo.

48 O traidor havia lhes dado um sinal, dizendo: “Aquele que eu beijar é ele; prendam-no.” 49 E, dirigindo-se diretamente a Jesus, disse: “Olá, Rabi!” e o beijou ternamente. 50 Mas Jesus lhe disse: “Amigo, com que objetivo você está aqui?” Então eles avançaram, agarraram Jesus e o prenderam. 51 Mas, de repente, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou a espada e atacou o escravo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha. 52 Jesus lhe disse então: “Devolva a espada ao seu lugar, pois todos os que tomarem a espada morrerão pela espada. 53 Ou você pensa que não posso apelar aos meus Pais, para que eles me Fornecessem neste momento mais de 12 legiões de Deuses Mensageiros? 54 Nesse caso, como se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas têm de acontecer deste modo?” 55 Jesus disse à multidão, naquela hora: “Vocês vieram me prender com espadas e bastões, como se eu fosse um bandido? Dia após dia eu ficava sentado no templo, ensinando; contudo, vocês não me prenderam. 56 Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem os escritos dos profetas.” Então, todos os discípulos o abandonaram e fugiram.

57 Os que prenderam Jesus o levaram a Caifás, o sumo sacerdote, onde estavam reunidos os escribas e os anciãos. 58 Mas Pedro o seguiu de uma boa distância, até o pátio do sumo sacerdote, e, depois de entrar, se sentou com os criados para ver o que ia acontecer.

59 Os principais sacerdotes e todo o Sinédrio estavam procurando falsos testemunhos contra Jesus, para entregá-lo à morte. 60 Mas não encontraram nenhum, embora muitas testemunhas falsas se apresentassem. Mais tarde, se apresentaram duas 61 e disseram: “Este homem disse: ‘Eu posso derrubar o templo dos Deuses e reconstruí-lo em três dias.’” 62 Em vista disso, o sumo sacerdote se levantou e lhe disse: “Você não diz nada em resposta? O que diz do testemunho destes homens contra você?” 63 Mas Jesus continuou calado. Então o sumo sacerdote lhe disse: “Pelos Deuses viventes, eu ponho você sob juramento para que nos diga se você é o Cristo, o Filho dos Deuses!” 64 Jesus lhe disse: “O senhor mesmo está dizendo isso. Contudo, eu lhes digo: De agora em diante vocês verão o Filho do Homem sentado à direita de poder e vindo nas nuvens do céu.” 65 O sumo sacerdote rasgou então suas vestes, dizendo: “Ele blasfemou! Que necessidade temos ainda de testemunhas? Vejam! Agora vocês ouviram a blasfêmia. 66 Qual é a opinião de vocês?” Eles responderam: “Ele merece morrer.” 67 Cuspiram-lhe então no rosto e o esmurraram. Outros o esbofetearam, 68 dizendo: “Profetize-nos, ó Cristo. Quem bateu em você?”

69 Pedro estava sentado do lado de fora, no pátio, e uma serva se aproximou dele e disse: “Você também estava com Jesus, o galileu!” 70 Mas ele negou perante todos, dizendo: “Não sei do que você está falando.” 71 Quando ele saiu para a entrada do pátio, outra moça o notou e disse aos que estavam ali: “Este homem estava com Jesus, o Nazareno.” 72 Ele novamente negou, com um juramento: “Não conheço esse homem!” 73 Pouco depois, os que estavam ali se aproximaram e disseram a Pedro: “Certamente você também é um deles, pois, de fato, seu dialeto o trai.” 74 Então ele começou a amaldiçoar a si mesmo e a jurar: “Eu não conheço esse homem!” E imediatamente um galo cantou. 75 E Pedro se lembrou do que Jesus tinha dito: “Antes de o galo cantar, você me negará três vezes.” Então ele saiu e chorou amargamente.