< Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas
18 Depois de dizer essas coisas, Jesus saiu com seus discípulos
para o outro lado do vale do Cédron; ali havia um jardim, onde ele e seus
discípulos entraram. 2 Judas, aquele que o estava traindo, também conhecia o
lugar, porque Jesus muitas vezes tinha se reunido ali com seus
discípulos. 3 Assim, Judas, trazendo o destacamento de soldados e também os
guardas enviados pelos principais sacerdotes e pelos fariseus,
chegou ali com tochas, lâmpadas e armas. 4 Então Jesus, sabendo de tudo o que ia lhe acontecer, deu um
passo à frente e lhes disse: “Quem vocês estão procurando?” 5 Responderam-lhe: “Jesus, o Nazareno.” Ele lhes disse: “Sou
eu.” Judas, o traidor, também estava com eles.
6 No entanto, quando Jesus lhes disse: “Sou eu”, eles recuaram e
caíram no chão. 7 Então lhes perguntou novamente: “Quem vocês estão procurando?”
Disseram: “Jesus, o Nazareno.” 8 Jesus respondeu: “Eu lhes disse que sou eu. Então, se é a mim
que vocês estão procurando, deixem estes homens ir.” 9 Isso aconteceu para que se cumprisse o que ele tinha dito:
“Não perdi nem mesmo um daqueles que vocês me deram.”
10 Então Simão Pedro, que tinha uma espada, a puxou e atacou o
escravo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do
escravo era Malco. 11 Mas Jesus disse a Pedro: “Ponha a espada na bainha. Por
acaso não devo beber o cálice que os Pais me deram?”
12 Então, os soldados, o comandante militar e os guardas dos judeus
prenderam Jesus e o amarraram. 13 Eles o levaram primeiro a Anás, por ser sogro de Caifás, o
sumo sacerdote naquele ano. 14 De fato, foi Caifás quem tinha dito aos judeus que era para o
bem deles que um só homem morresse a favor do povo.
15 Simão Pedro, bem como um outro discípulo, seguia
Jesus. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus
no pátio do sumo sacerdote, 16 mas Pedro ficou do lado de fora, junto à porta. Portanto, o outro discípulo, que era conhecido do sumo
sacerdote, saiu, falou com a serva que tomava conta da porta e levou Pedro para
dentro. 17 A serva perguntou então a Pedro: “Você também não é um dos
discípulos desse homem?” Ele respondeu: “Não sou.” 18 Os escravos e os guardas estavam em volta de um braseiro que
tinham acendido, porque fazia frio, e se aqueciam. Pedro também estava com eles
e se aquecia.
19 Então o principal sacerdote interrogou Jesus sobre os seus discípulos
e sobre os seus ensinamentos. 20 Jesus lhe respondeu: “Falei ao mundo [de vocês] publicamente.
Sempre ensinei nas sinagogas e no templo [de vocês], onde todos os judeus
se reúnem, e não disse nada em segredo. 21 Por que o senhor me faz perguntas? Pergunte aos que ouviram o
que eu lhes disse. Eles certamente sabem o que eu disse.” 22 Depois de Jesus dizer isso, um dos guardas que estava ali lhe
deu uma bofetada e disse: “É assim que você responde ao principal
sacerdote?” 23 Jesus lhe respondeu: “Se eu disse algo errado, diga o que foi que eu disse de errado; mas, se o que eu disse
está certo, por que você me bate?” 24 Então Anás o mandou amarrado a Caifás, o sumo sacerdote.
25 Simão Pedro estava ali e se aquecia. Então lhe perguntaram:
“Você também não é um dos discípulos dele?” Ele negou, dizendo: “Não
sou.” 26 Um dos escravos do sumo sacerdote, parente do homem cuja orelha
Pedro havia cortado, perguntou: “Não vi você no jardim com ele?” 27 No entanto, Pedro negou de novo, e imediatamente um galo cantou.
28 Então, levaram Jesus da presença de Caifás para a residência do
governador. Já era de manhã cedo. Mas eles mesmos não entraram na
residência do governador, para não ficarem impuros e assim poderem comer a
refeição pascoal. 29 Portanto, Pilatos saiu ao encontro deles e perguntou: “Que
acusação vocês levantam contra esse homem?” 30 Responderam-lhe: “Se esse homem não fosse um criminoso, não o teríamos entregado ao senhor.” 31 Assim, Pilatos lhes disse: “Levem-no vocês mesmos e julguem-no
segundo a sua lei.” Os judeus lhe disseram: “Não nos é permitido
matar ninguém.” 32 Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que Jesus
tinha dito indicando o tipo de morte que estava para sofrer.
33 Então Pilatos entrou novamente na residência do governador,
chamou Jesus e lhe perguntou: “Você é o Rei dos judeus?” 34 Jesus disse: “O senhor está perguntando porque acha isso, ou
outros lhe contaram a meu respeito?” 35 Pilatos respondeu: “Por acaso eu sou judeu? A sua própria nação
e os principais sacerdotes o entregaram a mim. O que você fez?” 36 Jesus respondeu: “Meu Reino não faz parte deste mundo
[judaico]. Se meu Reino fizesse parte deste mundo [judaico], meus auxiliares teriam lutado para que eu não fosse entregue aos do corpo governante judeu. Mas o
fato é que o meu Reino não é daqui.” 37 Então Pilatos lhe perguntou: “Pois bem, você é rei?” Jesus
respondeu: “É exatamente como tu está dizendo, que sou rei. Para isto
nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo
aquele que está do lado da verdade escuta a minha voz.” 38 Pilatos lhe disse: “O que é verdade?”
Depois de dizer isso, ele saiu novamente ao encontro dos judeus e
lhes disse: “Não vejo motivo para acusá-lo. 39 Além disso, vocês têm o costume de que eu liberte um homem por
ocasião da Páscoa. Portanto, querem que eu solte o Rei dos judeus?” 40 Eles gritaram de novo: “Este homem não; queremos Barrabás!” Ora,
Barrabás era um bandido.
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