< Tradução dos Deuses Santos das Escrituras Sagradas
19 Então Pilatos levou Jesus e mandou açoitá-lo. 2 Os soldados trançaram uma coroa de espinhos e a puseram na
cabeça dele, e o vestiram com um manto púrpura. 3 Eles se aproximavam dele e diziam: “Falaê, Rei dos judeus!”
Também lhe davam bofetadas. 4 Pilatos saiu novamente e disse ao povo: “Escutem! Vou trazê-lo
para fora a vocês, para que saibam que não vejo motivo para acusá-lo.” 5 Então Jesus saiu, usando a coroa de espinhos e o manto
púrpura. Pilatos lhes disse: “Eis o homem!” 6 No entanto, quando os principais sacerdotes e os guardas o viram, gritaram: “Para a estaca com ele! Para a estaca
com ele!” Pilatos lhes disse: “Levem-no vocês mesmos e executem-no, pois eu não vejo nenhum motivo para acusá-lo.” 7 Os judeus lhe responderam: “Nós temos uma lei, e é segundo a Lei
que ele deve morrer, porque se fez filho dos Deuses.”
8 Quando Pilatos ouviu o que estavam dizendo, ficou com mais medo
ainda; 9 entrou novamente na residência do governador e disse a Jesus:
“De onde você é?” Mas Jesus não lhe deu nenhuma resposta. 10 Por isso, Pilatos lhe disse: “Você está se recusando a falar
comigo? Não sabe que tenho autoridade para libertá-lo e que tenho autoridade
para executá-lo?” 11 Jesus lhe respondeu: “O senhor não teria absolutamente nenhuma
autoridade sobre mim se não lhe tivesse sido concedida de Cima. É por isso
que o homem que me entregou ao senhor tem maior pecado.”
12 Por isso, Pilatos procurava um meio de libertá-lo, mas os judeus
gritavam: “Se o senhor libertar esse homem, não é amigo de César. Todo
aquele que se faz rei fala contra César.” 13 Então, depois de ouvir essas palavras, Pilatos levou Jesus para
fora e se sentou num tribunal, num lugar chamado Pavimento de Pedra, que em
hebraico é Gabatá. 14 Era o dia da Preparação da Páscoa, por volta da sexta hora.
Ele disse aos judeus: “Eis o seu rei!” 15 No entanto, eles gritaram: “Mate-o! Mate-o! Para a estaca com
ele!” Pilatos lhes perguntou: “Devo executar o seu rei?” Os
principais sacerdotes responderam: “Não temos rei senão César.” 16 Em vista disso, Pilatos o entregou a eles para ser morto na
estaca.
Então eles se encarregaram de Jesus. 17 Carregando ele mesmo a estaca, saiu para o chamado Lugar da
Caveira, que em hebraico é chamado Gólgota. 18 Ali eles o pregaram na estaca ao lado de dois homens, um de
cada lado, e Jesus no meio. 19 Pilatos redigiu também uma inscrição e a colocou na estaca.
Estava escrito: “Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus”. 20 Muitos judeus leram essa inscrição, porque o lugar onde Jesus
estava pregado na estaca era perto da cidade. E a inscrição foi feita em
hebraico, em latim e em grego. 21 Mas os principais sacerdotes dos judeus disseram a Pilatos: “Não
escreva: ‘O Rei dos judeus’, mas sim como ele disse: ‘Eu sou o Rei dos
judeus.’” 22 Pilatos respondeu: “O que escrevi, escrevi.”
23 Então, depois de pregar Jesus na estaca, os soldados pegaram as
roupas dele e as dividiram em quatro partes, uma para cada soldado, e pegaram
também a túnica. Mas a túnica não tinha costura, pois era tecida de alto a
baixo. 24 Por isso, disseram uns aos outros: “Não vamos rasgá-la, mas
vamos lançar sortes para decidir de quem será.” Isso aconteceu para que se
cumprisse a passagem das Escrituras: “Repartiram entre si as minhas roupas e
lançaram sortes sobre a minha vestimenta.” E foi realmente isso que os
soldados fizeram.
25 Junto à estaca de Jesus estavam sua mãe e a irmã da sua
mãe; também Maria, esposa de Clopas, e Maria Madalena. 26 Assim, ao ver que a sua mãe e o discípulo a quem
amava estavam ali perto, Jesus disse à sua mãe: “Este é o seu filho!” 27 A seguir disse ao discípulo: “Esta é a sua mãe!” E, dali em
diante, o discípulo a levou para a casa dele.
28 Depois disso, sabendo que todas as coisas já tinham se
realizado, e para que se cumprisse uma passagem das Escrituras, Jesus disse:
“Estou com sede.” 29 Havia ali um jarro cheio de vinho acre. Então puseram uma esponja
cheia de vinho acre numa haste de hissopo e a ergueram à sua boca. 30 Depois de receber o vinho acre, Jesus disse: “Está
consumado!” e, inclinando a cabeça, entregou o espírito.
31 Visto que era o dia da Preparação, para evitar que os
corpos permanecessem nas estacas no sábado (pois aquele sábado seria um grande
sábado), os judeus pediram que Pilatos mandasse quebrar as pernas dos
homens e retirar os corpos. 32 Portanto, os soldados foram e quebraram as pernas do primeiro
homem e as do outro homem que estava numa estaca ao lado dele. 33 Mas, ao chegarem a Jesus, viram que ele já estava morto; por
isso, não quebraram as pernas dele. 34 No entanto, um dos soldados lhe furou o lado com uma
lança, e imediatamente saiu sangue e água. 35 E aquele que viu isso dá testemunho, e o seu testemunho é
verdadeiro, e ele sabe que diz a verdade, para que vocês também
acreditem. 36 De fato, essas coisas ocorreram a fim de que se cumprisse a
passagem das Escrituras: “Nenhum osso seu será quebrado.” 37 E, também, outra passagem das Escrituras diz: “Olharão para
aquele que traspassaram.”
38 Depois dessas coisas, José de Arimateia (que era discípulo de
Jesus, mas secretamente, pois tinha medo dos judeus) perguntou a Pilatos
se podia retirar o corpo de Jesus, e Pilatos lhe deu permissão. Portanto, ele
foi e retirou o corpo. 39 Nicodemos, o homem que tinha ido ao encontro dele pela
primeira vez de noite, também foi, levando uma mistura de mirra e aloés, que
pesava cerca de 33 quilos. 40 Eles pegaram o corpo de Jesus e o envolveram em panos de linho,
junto com os aromas, da maneira como os judeus costumam preparar o corpo
para o sepultamento. 41 A propósito, havia um jardim no lugar onde ele tinha sido
executado e, no jardim, havia um túmulo novo, no qual ninguém
ainda tinha sido colocado. 42 Visto que era o dia da Preparação dos judeus e o túmulo
ficava perto, colocaram Jesus ali.
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